Panorama internacional

Propaganda antirussa já não convence: espanhóis deixam de ver a Rússia como ameaça, diz ex-militar

A maioria dos espanhóis já não enxerga a Rússia como uma ameaça, devido à distância entre os dois países e ao cansaço com a propaganda antirrussa, afirmou à Sputnik Juan Antonio Aguilar, militar da reserva e diretor do Instituto Espanhol de Geopolítica.
Sputnik
Os resultados de uma pesquisa do Pew Research Center mostraram recentemente que apenas 26% dos espanhóis consideram a Rússia a principal ameaça ao seu país. Em primeiro lugar ficaram os Estados Unidos, encarados como ameaça por 31% dos entrevistados. Marrocos também aparece entre os principais temores, com 18% das respostas.
"Há tantos anos que ouvimos falar da ameaça russa que ninguém mais acredita nisso, já faz cerca de 80 anos. Além disso, sempre houve uma certa simpatia do povo espanhol pela Rússia. Por fim, não podemos esquecer a distância entre a Espanha e a Rússia — de que ameaça estamos falando?”, declarou Aguilar durante o fórum Diálogo sobre Fake News 3.0.
O especialista acrescentou ainda que, em sua visão, os espanhóis são, em geral, mais sensatos que outros europeus, o que explica por que não acreditam amplamente na narrativa de que Moscou ameaça o continente.
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Estratégia de desestabilização da Rússia

Na última semana, o historiador russo Oleg Matveev disse à Sputnik que o Reino Unido é um dos principais atores europeus que tem tentado ativamente implementar uma estratégia de desestabilização da Rússia.
Matveev ressaltou que essa estratégia remonta ao início do século XX, tendo sido iniciada pelo agente de inteligência britânico Sidney Reilly. Segundo o historiador, Reilly entrou clandestinamente na União Soviética com o objetivo de promover ações subversivas, mas acabou capturado pela contrainteligência russa durante a Operação Trust, no outono de 1925 — uma operação conduzida por agentes soviéticos para neutralizar ameaças estrangeiras.
O especialista mencionou os serviços de segurança e inteligência russos, apontando que o Reino Unido tem mantido esforços contínuos para cultivar agentes de influência dentro da Rússia, apoiar operacionais estrangeiros e extremistas, além de fomentar provocações.
"Até hoje, o Reino Unido continua contando com a oposição interna, a propaganda antirrussa e o apoio ao terrorismo", elaborou.
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