O esqueleto fóssil quase completo da espécie previamente desconhecida de rinoceronte – Epiatheracerium itjilik – foi recuperado dos depósitos lacustres ricos em fósseis na cratera de Haughton, localizada em Nunavut, e é a espécie de rinoceronte mais setentrional conhecida.
Os rinocerontes têm uma história evolutiva que se estende por mais de 40 milhões de anos, abrangendo todos os continentes exceto a América do Sul e a Antártica.
O animal viveu no início do Mioceno, de 23 milhões a 16 milhões de anos atrás, quando o clima do Ártico era moderado e a área coberta por densas florestas. E. itjilik era relativamente pequeno, comparável em tamanho ao moderno rinoceronte indiano, mas não tinha chifre, detalha estudo.
Os fósseis foram preservados em condições excepcionais: foi possível encontrar cerca de 75% do esqueleto, que é o achado mais raro de fósseis desse período.
Essa descoberta ajuda a redefinir as percepções da migração de rinocerontes entre a Europa e a América do Norte, mostrando que a ponte terrestre do Atlântico Norte permaneceu uma importante travessia até o Mioceno, muito mais tempo do que se pensava anteriormente.