Segundo o relatório, esse número representa menos de um terço do volume previsto no acordo.
"Após o anúncio do cessar-fogo, entraram na Faixa de Gaza 4.453 caminhões, em vez dos 15.600 esperados. Isso equivale a não mais que 28% do volume acordado", diz o comunicado divulgado pelas autoridades locais.
O documento informa ainda que Israel continua impedindo a entrada de mais de 350 tipos de produtos alimentares, incluindo itens básicos como carne, peixe, ovos, frutas, vegetais, laticínios e suplementos nutricionais. Por outro lado, o país estaria autorizando a chegada de alimentos de baixo valor nutritivo, como refrigerantes, chocolates e batatas fritas, que são vendidos por preços até 15 vezes superiores ao normal.
A escassez de combustível também permanece crítica. Desde o início da trégua, apenas 31 caminhões com gás doméstico e 84 com óleo combustível conseguiram entrar no território.
O acordo entre Israel e o Hamas também previa trocas humanitárias. O movimento palestino libertou 20 reféns que estavam detidos em Gaza desde 7 de outubro de 2023, completando a libertação de todos os sobreviventes. Em contrapartida, Israel libertou 1.718 prisioneiros originários de Gaza e 250 palestinos condenados à prisão perpétua ou a longas penas, segundo o Escritório de Mídia para Assuntos dos Detidos.
Atualmente, o Hamas está entregando às autoridades israelenses os restos mortais de reféns que morreram em cativeiro.
Apesar do cessar-fogo, a tensão permanece alta. As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram ter realizado novos ataques contra alvos em Gaza, alegando que foram uma resposta a violações do regime de cessar-fogo pela parte palestina.