Segundo a autoridade, os investimentos anunciados recentemente foram decididos antes do anúncio das tarifas. No entanto, ele destaca que, se não houver mudanças, a empresa pode rever os aportes.
Garcia apontou que as tarifas impostas pelo governo Donald Trump têm prejudicado a competitividade da companhia no maior mercado de sua aviação regional, ou seja, nos próprios EUA.
"Quem paga a tarifa é o cliente final. Nós estamos perdendo competitividade", disse.
Garcia afirmou que a Embraer tem atuado para minimizar os impactos das tarifas, inicialmente fixadas em 10%, elevadas para 50% em julho e depois reduzidas novamente.
"Meu trabalho foi tentar reduzir ao máximo, internamente, os impactos das tarifas na nossa operação. Deu resultado, mas ainda é um incômodo. Todos nossos concorrentes já voltaram para a tarifa zero. Se as coisas não mudarem, vamos rever nossa política de investimentos", avisou.
Em outubro, a Embraer anunciou um aporte de R$ 376 milhões para construir um novo hangar de manutenção no Texas, parte dos US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões) previstos para os próximos cinco anos. A unidade de Melbourne, na Flórida, também deve receber investimentos. A empresa ainda não descarta destinar outros US$ 500 milhões ao país caso o cargueiro KC-390 seja escolhido pela Força Aérea norte-americana.