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Tarifas dos EUA podem causar perdas de até US$ 3 bilhões nas exportações brasileiras, diz estudo
Tarifas dos EUA podem causar perdas de até US$ 3 bilhões nas exportações brasileiras, diz estudo
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Estudo da consultoria BMJ mostra que tarifas dos EUA podem custar ao Brasil mais de US$ 3 bilhões anuais em exportações, atingindo sobretudo setores... 24.11.2025, Sputnik Brasil
2025-11-24T06:36-0300
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As barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos contra o Brasil podem custar ao país mais de US$ 3 bilhões (cerca de R$ 16,2 bilhões) por ano em exportações, segundo estudo da consultoria BMJ encomendado pela Confederação Nacional da Indústria. O impacto recai principalmente sobre a indústria, com produtos industrializados respondendo por 27,3% das perdas.O levantamento, divulgado pela Folha de S.Paulo, mostra que, entre agosto e outubro de 2025, o prejuízo consolidado chegou a US$ 767,85 milhões (mais de R$ 4,1 bilhões), período em que vigoraram tarifas mais severas. A análise, conduzida por Welber Barral, José Pimenta e Josemar Pessoa, especialistas em comércio internacional, também considera alíquotas adicionais que podem surgir de novas investigações conduzidas pelos EUA.As tarifas atuais incluem sobretaxa de 40% sobre aço, alumínio, cobre e madeira, além do risco de novas medidas ligadas a desmatamento, propriedade intelectual e sistemas de pagamento como o Pix. Com isso, a perda mensal consolidada das exportações brasileiras alcança US$ 255,95 milhões (aproximadamente R$ 1,3 bilhão), acima dos US$ 174,88 milhões (cerca de R$ 947,3 milhões) registrados apenas com a tarifa de 40%.No dia 20 de novembro, houve um alívio parcial com a ampliação de exceções anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump, beneficiando 13 grupos de produtos. Café não torrado, carnes bovinas, frutas, minério de ferro e petróleo bruto ficaram livres da tarifa adicional, representando 26% do valor antes afetado.Apesar disso, 74% das exportações brasileiras aos EUA continuam sob regime tarifário agravado, atingindo especialmente setores de alto valor agregado e bens de capital. Em 2024, os três principais setores tarifados — aço semimanufaturado, café e ferro fundido — somaram mais de US$ 5,6 bilhões (cerca de R$ 30,3 bilhões) em vendas externas, o que evidencia o peso das restrições.Entre os setores ainda sob tarifas estão máquinas e equipamentos de terraplenagem, produtos eletrônicos, aeronaves e peças aéreas, têxteis, calçados e café solúvel. O segmento de produtos industrializados diversos é o mais penalizado, com perdas mensais de US$ 69,77 milhões (aproximadamente R$ 366,8 milhões), seguido por madeira e derivados (mais de R$ 155,2 milhões) e aço semimanufaturado (cerca de R$ 149,6 milhões).A pressão sobre a madeira é dupla, já que, além da tarifa de 40%, há risco de acréscimo de 15% por investigações ligadas ao desmatamento. Máquinas e equipamentos também sofrem, com perdas de US$ 25,39 milhões (mais de R$ 137,5 milhões) mensais e perda de clientes para concorrentes como Argentina, Alemanha e Canadá, que operam com tarifas menores.O estudo conclui que o Brasil enfrenta desvantagem competitiva de 25 a 30 pontos percentuais em manufaturados diante de parceiros dos EUA. Para evitar perdas estruturais de até US$ 5 bilhões anuais (cerca de R$ 27,08 bilhões), será crucial negociar nos próximos seis meses. Caso haja avanço, o país pode recuperar entre US$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 7,5 bilhões) e US$ 1,6 bilhão (aproximadamente R$ 8,6 bilhões) por ano em exportações.
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Tarifas dos EUA podem causar perdas de até US$ 3 bilhões nas exportações brasileiras, diz estudo
Estudo da consultoria BMJ mostra que tarifas dos EUA podem custar ao Brasil mais de US$ 3 bilhões anuais em exportações, atingindo sobretudo setores industriais de alto valor agregado; negociações nos próximos meses podem recuperar até US$ 1,6 bilhão ou ampliar perdas estruturais.
As
barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos contra o Brasil
podem custar ao país mais de US$ 3 bilhões (cerca de R$ 16,2 bilhões) por ano em exportações, segundo estudo da consultoria BMJ encomendado pela Confederação Nacional da Indústria. O impacto recai principalmente sobre a indústria, com produtos industrializados respondendo por 27,3% das perdas.
O levantamento,
divulgado pela Folha de S.Paulo, mostra que,
entre agosto e outubro de 2025, o prejuízo consolidado chegou a US$ 767,85 milhões (mais de R$ 4,1 bilhões), período em que vigoraram tarifas mais severas. A análise, conduzida por Welber Barral, José Pimenta e Josemar Pessoa, especialistas em comércio internacional, também considera
alíquotas adicionais que podem surgir de novas investigações conduzidas pelos EUA.
As tarifas atuais incluem
sobretaxa de 40% sobre aço, alumínio, cobre e madeira, além do risco de novas medidas ligadas a desmatamento, propriedade intelectual e sistemas de pagamento como o Pix. Com isso, a perda mensal consolidada das
exportações brasileiras alcança US$ 255,95 milhões (aproximadamente R$ 1,3 bilhão), acima dos US$ 174,88 milhões (cerca de R$ 947,3 milhões) registrados apenas com a tarifa de 40%.
No dia 20 de novembro, houve um alívio parcial com a ampliação de exceções anunciada pelo
presidente norte-americano Donald Trump, beneficiando 13 grupos de produtos.
Café não torrado, carnes bovinas, frutas, minério de ferro e petróleo bruto ficaram livres da tarifa adicional, representando 26% do valor antes afetado.
Apesar disso, 74% das
exportações brasileiras aos EUA continuam sob regime tarifário agravado,
atingindo especialmente setores de alto valor agregado e bens de capital. Em 2024, os três principais setores tarifados — aço semimanufaturado, café e ferro fundido — somaram mais de US$ 5,6 bilhões (cerca de R$ 30,3 bilhões) em vendas externas, o que evidencia o peso das restrições.
Entre os setores ainda sob tarifas estão
máquinas e equipamentos de terraplenagem, produtos eletrônicos, aeronaves e peças aéreas, têxteis, calçados e café solúvel. O segmento de produtos industrializados diversos é o mais penalizado, com perdas mensais de US$ 69,77 milhões (aproximadamente R$ 366,8 milhões), seguido por madeira e derivados (mais de R$ 155,2 milhões) e
aço semimanufaturado (cerca de R$ 149,6 milhões).
A pressão sobre a madeira é dupla, já que, além da tarifa de 40%, há risco de acréscimo de 15% por investigações ligadas ao desmatamento. Máquinas e equipamentos também sofrem, com perdas de US$ 25,39 milhões (mais de R$ 137,5 milhões) mensais e perda de clientes para concorrentes como Argentina, Alemanha e Canadá, que operam com tarifas menores.
O estudo conclui que o Brasil enfrenta desvantagem competitiva de 25 a 30 pontos percentuais em manufaturados diante de parceiros dos EUA. Para
evitar perdas estruturais de até US$ 5 bilhões anuais (cerca de R$ 27,08 bilhões),
será crucial negociar nos próximos seis meses. Caso haja avanço, o país pode recuperar entre US$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 7,5 bilhões) e US$ 1,6 bilhão (aproximadamente R$ 8,6 bilhões) por ano em exportações.
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