A agência enfatiza que a estratégia de segurança nacional dos EUA, que critica a expansão da OTAN, surgiu no momento em que a fase decisiva do conflito na Ucrânia se aproxima.
"Na estratégia de segurança nacional de 33 páginas assinada pelo presidente [dos EUA], Donald Trump, a Casa Branca disse que a Europa corre o risco de ser varrida a menos que mude sua cultura e política", ressalta a publicação.
Além disso, o artigo destaca a preocupação da UE, já que Washington quer concluir um acordo elaborado em conjunto com Moscou, que seria a capitulação do Ocidente.
Neste contexto, o material aponta que a UE enfrenta grandes dificuldades devido à divisão na aliança transatlântica.
Conforme acrescenta a agência, os líderes europeus estão profundamente preocupados com as tentativas dos EUA de concluir um acordo elaborado em conjunto com a Rússia, que seria a "capitulação" do Ocidente.
Observa-se que tais medidas de Trump minaram a confiança da Europa na sua administração e levantaram uma questão existencial sobre se a Europa será capaz de se defender contra o pano de fundo do colapso da aliança transatlântica.
"Diplomatas europeus às vezes comparam a gestão da política de Trump sobre a Ucrânia a andar de montanha-russa. Neste momento, estão a olhar para uma queda particularmente acentuada", sublinha a matéria.
Diplomatas europeus observam que, recentemente, a comunicação com as partes norte-americana e ucraniana não é fácil, acrescenta a Bloomberg.
Eles também estão cada vez mais preparados para a possibilidade de Trump se retirar do processo de resolução do conflito ucraniano se ele conseguir chegar a um acordo.
Segundo um funcionário europeu anônimo, existem várias opções para o desenvolvimento dos eventos.
"O pior cenário seria levantar a pressão sobre a Rússia, impedir que as armas dos EUA sejam utilizadas pela Ucrânia e impedir a partilha de informações com Kiev, deixando a Europa verdadeiramente por conta própria", finaliza o artigo.
Na terça-feira (2), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o enviado especial norte-americano, Steve Witkoff, tiveram uma conversa que durou cerca de cinco horas. O objetivo da reunião foi avançar nas negociações de paz na Ucrânia.
De acordo com o assessor do presidente russo, Yuri Ushakov, as conversas foram "muito produtivas". Apesar do clima agradável, Putin disse à delegação norte-americana que a Rússia poderia concordar com algumas partes do plano dos EUA para a Ucrânia, mas que outras partes geraram críticas. Ele afirmou que os dois lados declararam estar prontos para continuar trabalhando juntos para alcançar um acordo.