A pesquisa, divulgada neste sábado (6) pela Folha de S.Paulo, mostra que 36% dos entrevistados exercem outras atividades além do crime. Destes, 42% fazem bicos, 24% se denominam empreendedores, 16% têm emprego formal e outros 14% ajudam em negócios de familiares e amigos.
A pesquisa também perguntou qual foi o motivo para a entrada no crime, com 49% respondendo falta de dinheiro ou necessidade. Outros 13% alegaram problemas com violência ou vício em drogas e 11% afirmaram que viviam na rua ou em abrigos e sem oportunidade de trabalho lícito.
Questionados se deixariam o mundo do crime, 58% dos ouvidos responderam que sim, 31% responderam que não e outros 11% preferiram não opinar. Aqueles que garantiram que parariam as atividades ilícitas disseram que uma motivação para tal seria abrir o próprio negócio (22%), ter um emprego formal (20%), emprego com flexibilidade (15%) e construir uma família (8%), entre outras alegações.
A pesquisa nomeada de Raio-X da Vida Real também mostra que 28% dos entrevistados ganham até R$ 1.520 por mês, 35% recebem entre R$ 1.521 a R$ 3.040, 17% ficam na faixa entre R$ 3.041 a R$ 7.600, 4% tem renda mensal entre R$ 7.601 e R$ 15.200, 2% mais de R$ 15.200 e outros 14% não responderam. Como comparação, em 2022, 68% dos brasileiros recebiam até dois salários mínimos, enquanto neste levantamento este número corresponde a 63%.
Entre os quase 4 mil ouvidos durante a pesquisa, 24% tinham entre 22 e 26 anos e apenas 2% mais de 50 anos. O nível de escolaridade de 42% foi classificado como sem instrução ou ensino fundamental incompleto, enquanto a média da população brasileira é de 35,2%.