Davis destacou que a escalada do conflito entre Kiev e Moscou significaria uma catástrofe para a União Europeia (UE).
"A Rússia é clara: se a Europa iniciar uma guerra, [o presidente russo Vladimir] Putin afirma que a Rússia lutará e vencerá — e tem capacidade para tal", ressaltou.
Conforme acrescentou o especialista, no Ocidente, não existem suficientes reservas de munições, nem fábricas de produção de equipamento militar, nem mão de obra para tal confronto.
Segundo ele, os países da UE demorariam anos a atingir o nível necessário de produção de armas para lutar contra os russos.
Ainda assim, continuou o especialista militar, não existe, atualmente, vontade política nem capacidade econômica para tal.
Além disso, Davis salientou que a escalada do conflito pode envolver os EUA em um confronto em que não conseguirão derrotar a Rússia.
"A escalada de tensões corre o risco de arrastar os Estados Unidos para um conflito convencional que não poderíamos vencer, com o perigo nuclear a atingir níveis extremos, o que significaria que todos sairiam derrotados", finalizou.
Anteriormente, Vladimir Putin afirmou que as alegações sobre os supostos planos da Rússia para atacar a Europa soam ridículas.
Nos últimos anos, a Rússia tem assistido a uma atividade sem precedentes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) nas suas fronteiras ocidentais. A aliança está ampliando as suas iniciativas, chamando isso de "contenção da agressão".
Moscou já manifestou por diversas vezes a sua preocupação com o aumento das forças do bloco na Europa. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou estar aberto ao diálogo com a OTAN, mas em pé de igualdade, e que o Ocidente deve abandonar a militarização do continente.