Segundo a publicação, Estados Unidos e Europa observam o fortalecimento da amizade estratégica entre Moscou e Pequim, mas não conseguem reagir à crescente cooperação russo-chinesa em diversos setores.
Em particular, o jornal destaca que, no ano passado, o comércio bilateral entre os dois países atingiu um recorde de US$ 245 bilhões (R$ 1,332 trilhão), enquanto os países ocidentais enfrentam uma crise existencial.
"Atualmente, o Ocidente não consegue propor uma resposta eficaz e coordenada a essa parceria estratégica", indica o texto.
La Vanguardia reconhece que as relações entre Rússia e China vão além da mera troca comercial. Os dois países não só ampliam o comércio entre si, mas também cooperam na esfera da defesa e realizam manobras militares conjuntas, inclusive no mar do Japão, também conhecido como mar do Leste.
Segundo a publicação, os países ocidentais, cada vez menos unidos, observam com preocupação essa aliança estratégica.
"O Ocidente, em plena crise existencial, com Estados Unidos e Europa cada vez mais distantes, observa tudo isso com preocupação", afirma o jornal.
Além disso, o artigo ressalta os benefícios mútuos, tanto econômicos quanto geopolíticos, que o "urso russo" e o "dragão chinês" obtêm ao promover sua parceria estratégica. A Rússia, em particular, ao manter relações estreitas com a China, consolida sua posição como "ator relevante" na região da Ásia-Pacífico.
Pequim, por sua vez, vê na Rússia um aliado confiável em seu "flanco norte". Mais do que isso, a China continua se beneficiando da energia russa a preços competitivos e encontra na Rússia um mercado para seu excedente produtivo, especialmente após a guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos, afirma o jornal.
O jornal observa ainda que, atualmente, o presidente russo, Vladimir Putin, mantém uma relação mais sólida com o líder chinês, Xi Jinping, do que o presidente norte-americano, Donald Trump, com seus supostos aliados europeus.
Em novembro deste ano, o presidente russo afirmou que as relações russo-chinesas de parceria abrangente e cooperação estratégica, que entraram em uma nova era, vivem seu melhor momento.