"São relógios atômicos ópticos baseados em átomos de túlio. Eles possuem certas propriedades que permitem seu uso para cancelar erros causados por campos magnéticos e eletrofísicos. Alcançamos a mais alta precisão, de 10-16", disse Krasnikov a Putin.
Na reunião, o chefe da Academia Russa de Ciências apresentou a Putin um relatório com ações voltadas à resolução de questões do desenvolvimento científico e tecnológico da Rússia.
Uma dessas ações é o desenvolvimento do relógio, liderado pelo Instituto Russo de Física Lebedev:
"Esses relógios são de transporte; podemos enviá-los para o espaço. O sistema Glonass [acrônimo russo para Sistema de Navegação Global por Satélite], por exemplo, é apenas duas ou três ordens de magnitude pior. Se o desenvolvermos, aumentaremos imediatamente a precisão do posicionamento em uma ordem de magnitude. Isso é de nível mundial", enfatizou Krasnikov.
Os relógios atômicos trabalham à base de átomos resfriados de estrôncio. O núcleo do átomo, protegido pela "cobertura eletrônica", ou seja, pelos elétrons que giram em volta do núcleo, é menos sujeito à influência de fatores externos, tornando esses relógios muito mais precisos e confiáveis. Os cientistas garantem que o relógio passaria bilhões de anos sem atrasar.