Mearsheimer salientou que a situação no campo de batalha é desesperadora para o Exército ucraniano.
"Além disso, há um grande problema com o fornecimento de dinheiro e armas aos ucranianos. Ninguém consegue apresentar fatos otimistas para a Ucrânia atualmente. Tais fatos simplesmente não existem", ressaltou.
Segundo o especialista, diante disso, a resistência da Ucrânia e da União Europeia (UE) em negociar com a Rússia parece absurda.
Neste contexto, ele enfatizou que Kiev e a UE simplesmente não têm outras opções para sair do conflito com Moscou a não ser aceitar as condições da Rússia.
Então, continuou, se os europeus e os ucranianos fossem inteligentes, entrariam em um avião, voariam para Moscou e fechariam um acordo com os russos.
"É claro que eles teriam de fazer concessões em relação à maioria das principais exigências da Rússia. Embora isso seja, sem dúvida, muito desagradável, é a melhor opção no momento. É uma opção ruim, mas é a menos ruim", concluiu.
O presidente russo, Vladimir Putin, recebeu recentemente no Kremlin o enviado especial do presidente dos EUA, Steve Witkoff, e o genro do líder norte-americano, fundador da empresa Affinity Partners, Jared Kushner.
A visita dos representantes dos Estados Unidos à Rússia esteve relacionada às discussões sobre o plano de paz de Washington para a Ucrânia. De acordo com Putin, o lado estadunidense dividiu 27 pontos em quatro pacotes e propôs discuti-los separadamente.
Por sua vez, o atual líder ucraniano, Vladimir Zelensky, na segunda-feira (8), esteve no Reino Unido, onde discutiu a proposta americana com o premiê britânico Keir Starmer, o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Friedrich Merz. Segundo relatou a imprensa ucraniana, no final da reunião, Zelensky novamente se recusou a fazer concessões sobre a questão territorial.