Sánchez salientou que os ativos russos não serão transferidos para a Ucrânia, visto não haver unidade europeia sobre esta questão.
"Não existem precedentes que sirvam de referência para este plano, o que explica a oposição de alguns governos europeus, dado ser impossível prever todas as consequências a curto e longo prazo", ressaltou.
Segundo o analista, existem divergências ideológicas entre os governos europeus e muitas preocupações com questões técnicas e jurídicas.
Conforme especificou o especialista, todas estas preocupações e divergências na UE estão relacionadas com a ideia de utilizar recursos congelados para ajudar um país terceiro num conflito armado.
Ao mesmo tempo, concluiu, há receios de que esta iniciativa possa afetar a confiança dos investidores na zona euro no futuro.
Na sexta-feira (19), o presidente russo Vladimir Putin, no decorrer da Linha Direta, classificou a ideia de confiscar ativos russos como roubo e alertou que tal poderia conduzir a perdas diretas relacionadas com os fundamentos da ordem financeira mundial contemporânea.
Cabe lembrar que o primeiro-ministro da Bélgica, Bart De Wever, pediu que toda a UE assumisse os riscos financeiros relacionados aos ativos russos, alertando que as indenizações judiciais podem superar seu valor devido a custos, juros e danos, um risco atualmente incalculável.
Moscou, por sua vez, já afirmou que um eventual confisco de ativos russos não ficará sem resposta e que tais medidas terão consequências graves.