Conforme publicado pelo portal UOL, os executivos da Enel comunicaram o governo federal por meio de ligação telefônica ao secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Arthur Valerio.
O telefonema aconteceu após o ministro da pasta, Alexandre Silveira, anunciar junto ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que o governo federal daria início ao processo de rompimento da concessão da Enel, conhecido como caducidade.
Por ser um processo considerado demorado, a possibilidade da Enel vender a concessão aceleraria a troca de propriedade, permitindo uma resposta à população de São Paulo.
A gota d’água para as autoridades foi o ciclone há duas semanas em São Paulo, que deixou mais de 2,2 milhões de localidades sem energia. Outros apagões ao longo dos últimos anos fortalecem o coro pela mudança de concessionária.
Com contrato válido até 2028, a Enel já solicitou, em fevereiro deste ano, renovação e recebeu sinalização positiva da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que apontou que a empresa italiana tem condições de continuar com a concessão em São Paulo.
Existe a expectativa de que as empresas CPFL, Equatorial e Neoenergia queiram comprar a concessão da Enel, mas, além da recusa, há um entendimento que a curta duração do restante do contrato seja um empecilho para transformar os investimentos em retorno financeiro para o novo proprietário.