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Enel ainda responde a apagões após ciclone e fica sob pressão regulatória em SP

© Sputnik Brasil / Guilherme CorreiaFachada da Enel em São Paulo, empresa que demorou mais de uma semana para reestabelecer o fornecimento de energia elétrica em partes do estado. 17 de dezembro de 2025
Fachada da Enel em São Paulo, empresa que demorou mais de uma semana para reestabelecer o fornecimento de energia elétrica em partes do estado. 17 de dezembro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 17.12.2025
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A concessionária Enel Distribuição São Paulo segue no centro de críticas após a forte ventania e o ciclone extratropical que deixaram milhões de clientes sem energia na região metropolitana no último dia 10.
O Ministério de Minas e Energia anunciou que vai pedir à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a abertura de processo para avaliar a possível rescisão do contrato de concessão da empresa no estado paulista.
O fenômeno climático histórico deixou cerca de 2,2 milhões de consumidores sem eletricidade, com danos em postes, cabos e transformadores, além de quedas de árvores que complicaram os trabalhos de restauração.
No início desta semana, mais de 30 mil clientes ainda estavam sem luz, principalmente na capital paulista e mesmo nesta quarta-feira (17) há estabelecimentos com quedas ou com energia interrompida, conforme apurado pela reportagem, embora a Enel afirme que a situação geral "voltou ao padrão de normalidade".
A Justiça chegou a determinar que a empresa restabelecesse o fornecimento em até 12 horas sob pena de multa, após relatos de consumidores ainda no escuro dias depois do temporal.
Além da tensão política, a Enel já enfrentou chamados e intimações da Aneel por respostas consideradas insuficientes a apagões anteriores provocados por eventos climáticos extremos nos últimos anos.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a atuação da Enel após o ciclone extratropical será analisada sob critérios técnicos e regulatórios, destacando que eventos climáticos extremos não afastam as responsabilidades contratuais da concessionária.
Segundo ele, a abertura de processo na Aneel busca avaliar se houve falhas estruturais, de planejamento ou de resposta que justifiquem sanções mais severas, inclusive a possibilidade de caducidade da concessão.
Silveira também enfatizou que a recorrência de apagões em episódios de chuvas e ventos intensos acende um alerta sobre a resiliência da rede elétrica operada pela Enel.
Para o ministério, a discussão vai além do episódio mais recente e envolve investimentos, manutenção preventiva e capacidade de resposta a emergências.
Do lado do governo paulista, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) endureceu o discurso e afirmou que o estado não pode conviver com sucessivas interrupções prolongadas no fornecimento de energia, dizendo que o consumidor "não pode pagar o preço" por falhas operacionais repetidas.
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