"Sobre o Mercosul, nossa posição é firme: não aceitaremos nenhum acordo que fragilize nossos setores agrícolas ou que imponha uma concorrência desleal. O texto evoluiu, mas o conteúdo ainda não está à altura", declarou.
Apesar de outros líderes da União Europeia e da Comissão Europeia terem expressado o desejo de concluir as negociações em janeiro de 2026, o governo de Emmanuel Macron se opõe à assinatura do acordo, que vem sendo negociado há mais de duas décadas. A expectativa era de que o tratado fosse concluído no sábado (20), em Foz do Iguaçu (PR), na Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul.
O setor agrícola francês manteve-se mobilizado ao longo de todo o ano de 2025, com protestos e bloqueios em todo o país, exigindo que o Executivo não ceda e rejeite o acordo para proteger a produção local.
As negociações técnicas entre Mercosul e União Europeia foram formalmente concluídas em dezembro do ano passado, encerrando mais de 20 anos de discussões. Ainda assim, o texto depende da aprovação dos parlamentos nacionais dos países dos dois blocos, etapa considerada a mais sensível e sujeita a vetos.
Para bloquear o acordo, é necessária a recusa de quatro países que representem pelo menos 35% da população da UE.