Panorama internacional

Relatório aponta perda de rastreabilidade de bilhões em armamentos destinados a Israel

Um relatório do inspetor-geral do Pentágono revelou que o Departamento de Defesa não conseguiu rastrear parte dos US$ 13,4 bilhões em ajuda militar enviada a Israel após 7 de outubro, levantando alertas sobre o risco de tecnologia sensível dos EUA cair nas mãos de adversários.
Sputnik
Um relatório do inspetor-geral do Pentágono concluiu que o Departamento de Defesa falhou em rastrear adequadamente parte dos US$ 13,4 bilhões (cerca de R$ 75 bilhões) em ajuda militar enviados a Israel após o ataque do Hamas em outubro de 2023. Em novembro de 2024, apenas 44% dos itens sujeitos a monitoramento reforçado estavam registrados, uma queda significativa em relação aos 69% anteriores ao início da guerra em Gaza.
De acordo com o Defense News, os investigadores atribuíram as falhas à falta de pessoal e às mudanças no ambiente operacional em Israel, alertando que essas lacunas aumentam o risco de tecnologia militar sensível dos EUA cair nas mãos de adversários. O relatório destacou que a perda de controle sobre itens do programa de Monitoramento Reforçado de Uso Final (EEUM, na sigla em inglês) pode comprometer a vantagem tecnológica americana e colocar em risco aliados e parceiros.
A auditoria, parcialmente censurada, não especificou quais tipos de artigos de defesa estavam envolvidos. A legislação norte-americana exige supervisão rigorosa de equipamentos militares exportados, vendidos ou alugados a países parceiros, mas o relatório afirma que tanto o Comando Central dos EUA (CENTCOM) quanto a Agência de Cooperação de Segurança de Defesa falharam em cumprir esse dever no caso israelense.
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Entre outubro de 2023 e abril de 2024, autoridades admitiram não ter conseguido rastrear 42 entregas que somavam mais de quatro milhões de munições, já que grande parte do material havia sido rapidamente incorporado às operações militares de Israel. O CENTCOM enfrentou dificuldades semelhantes durante a Guerra do Iraque, quando o ambiente hostil limitou inspeções e verificações.
Ainda segundo a mídia, como resposta, o inspetor-geral recomendou que o CENTCOM realize uma inspeção presencial ou remota da Organização de Cooperação de Segurança no Escritório de Cooperação de Defesa com Israel no ano fiscal de 2026, medida que o comando aceitou implementar. A revisão ocorre em meio a um cessar-fogo mediado pelos EUA que permitiu a libertação dos últimos 20 reféns em Gaza, em troca de quase 2.000 prisioneiros palestinos.
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