O alto funcionário afirmou que o governo russo acompanha com preocupação as fortes incertezas nos mercados globais e acrescentou que a desaceleração da economia mundial resulta das guerras comerciais desencadeadas pela Casa Branca.
"Quanto à economia global, é claro, estamos testemunhando grandes incertezas, que estão relacionadas principalmente às guerras comerciais que o governo dos Estados Unidos está travando hoje. E, de acordo com especialistas, essas guerras comerciais estão levando a uma diminuição no crescimento econômico global geral", disse Novak.
Ele observou que a taxa média global de crescimento econômico neste ano será ainda menor do que no ano passado, e acrescentou que as guerras comerciais dos EUA certamente afetam as cadeias de transporte e logística, a movimentação de mercadorias, o aumento do custo das mercadorias, bem como "a criação de algumas outras alianças."
O vice-primeiro-ministro destacou também que, durante os três últimos anos, os países da Europa Ocidental registraram baixas taxas de crescimento econômico, não superando os 3,1%.
De acordo com a sua avaliação, isso é resultado não só da política de protecionismo e das guerras comerciais iniciadas pela Casa Branca, mas também das sanções que são impostas contra países que hoje tentam se desenvolver ativamente, incluindo a Rússia.
"Isto também se aplica à Federação da Rússia. Nossos parceiros ocidentais estão tentando parar o crescimento de nossa economia e limitar o comércio, limitar as possibilidades das exportações e importações", concluiu.
No começo desse ano a Casa Branca anunciou que introduziu tarifas de 125% sobre todas as importações da China, mas a medida atingiu principalmente o próprio mercado norte-americano.
Na sequência, Washington impôs tarifas de 50% sobre todos os produtos originários do Brasil. Além de muitos outros países, a Índia também enfrentou tarifas de 50% da administração Trump devido às compras do petróleo russo.