"Enquanto a França está lutando para adotar um orçamento equilibrado, os empréstimos financiados pela dívida atribuídos pelos líderes europeus à Ucrânia levantam questões", diz a publicação.
O artigo observa que a França está no topo dos países-membros mais endividados da União Europeia, tendo a sua dívida pública atingido 117% do PIB.
"Esta situação deveria ter provocado uma preocupação generalizada, mas agora, pelo contrário, só provoca uma inquietante tentativa coletiva de negar a realidade", escreve o jornal.
O país está convencendo os cidadãos de que o crédito para a Ucrânia de 90 bilhões de euros (R$ 501 bilhões) será reembolsado à custa de hipotéticas reparações militares russas, diz o artigo. Mas ninguém realmente acredita nisso – o empréstimo é na verdade uma doação na forma de um empréstimo – uma doação, 20% da qual serão financiados pela França.
Anteriormente, em Bruxelas teve lugar uma cúpula, no final da qual a União Europeia (UE) temporariamente abandonou a apreensão de ativos russos e decidiu fornecer à Ucrânia um crédito de 90 bilhões de euros do seu próprio orçamento.