Na quinta-feira (5), a juíza argentina Sandra Arroyo Salgado, ex-esposa do promotor federal Alberto Nisman, convocou uma coletiva de imprensa em que disse que o seu ex-marido foi assassinado.
"É lógico que não se pode acreditar no suicídio que pretende-se comprovar pela simples razão de que Alberto Nisman não se suicidou-se. Alberto Nisman foi assassinado", declarou Salgado, acrescentando depois no seu discurso que considerava a morte do fiscal como "magnicídio".
Salgado criticou também a atitude da investigação oficial, cuja porta-voz é a fiscal Viviana Fein, por só ter considerado a versão de suicídio.
O promotor federal Alberto Nisman, que investigava o atentado contra o prédio da Asociación Mutual Israelita Argentina (AMIA) em Buenos Aires, que matou 85 pessoas em 1994, foi encontrado morto no banheiro do seu apartamento em 18 de janeiro, com uma pistola e um tiro na cabeça. Naquela segunda-feira, ele estava planejando apresentar no Congresso a acusação formal contra a presidente, Cristina Fernández de Kirchner, e outros altos funcionários do país, de encobrir os autores do atentado.