A decisão foi tomada pela promotora responsável pelo caso, Viviana Fein, que reconheceu divergências entre o laudo oficial, que diz que Nisman se suicidou, e uma investigação paralela, feita a pedido da família do promotor, informou a Agência Brasil.
De acordo com a investigação não oficial, Nisman foi obrigado a se ajoelhar de frente para a banheira e recebeu um tiro por trás, de um revólver calibre 22, encontrado ao lado do corpo. Essa descrição detalhada está no relatório de 93 páginas, feito pelos peritos contratados pela ex-mulher com base nos dados fornecidos pelos responsáveis da investigação oficial.
Fein informou que o relatório foi aceito como parte da investigação e que vai investigar “as dissidências, que praticamente são totais, em relação a autópsia” com a convocação da junta médica.
Em janeiro deste ano, o promotor acusou Cristina Kirchner de conspirar com Irã para acobertar os supostos terroristas. O motivo, segundo Nisman, seria um acordo econômico entre os dois países em que a Argentina compraria petróleo iraniano e venderia trigo e armas. Nisman seria ouvido no Congresso argentino no dia 19 de janeiro, mas foi encontrado morto na véspera.