A publicação independente norte-americana CounterPunch opina:
"Se o Departamento de Estado não tivesse dado início ao golpe de Estado na Ucrânia para derrubar o legalmente eleito presidente Viktor Yanukovich, os Estados Unidos não poderiam se infiltrar nas relações entre a União Europeia e a Rússia e destruir os contatos que apareceram entre a Europa e a Ásia".
Para os EUA, é vital dividir a Europa e Ásia. Para fazer isso foi criada uma zona tampão entre os mares Báltico e Negro, que também passa a ser o trampolim para a agressão norte-americana futura. Os EUA já estão trazendo sua força à Europa, embora a mídia dos EUA silencie este fato.
Embora os países europeus apoiem as sanções contra a Rússia, eles não são muito felizes pela escalada militar perto das suas fronteiras. O principal iniciador do processo são os EUA, e não a OTAN. A publicação nota que esta é a razão porque todos os custos são pagos pelos EUA.
Vale ressaltar que os analistas que representam diferentes campos políticos concordam em que o reforço da cooperação entre a Rússia e a Alemanha não coincidem com os interesses dos EUA, porque "unidos, eles vão ser a única força real capaz de enfrentar os Estados Unidos", escreve a CounterPunch.
Portanto, Washington fará de tudo para ajustar Bruxelas contra Moscou e economicamente minar a Rússia. "Dividir para conquistar, essa é a chave para o sucesso. Deixe-os todos constantemente roer a garganta um do outro. Os sunitas contra os xiitas, uma nação na Ucrânia contra outra nação, os russos contra os europeus. Este é o plano de Washington, e ele nunca falha", resume a CounterPunch.
Washington tem planos de sair vitorioso deste conflito, estabelecer o controle sobre os dois continentes e manter a sua posição como a única superpotência.
"Apenas a Rússia pode parar os Estados Unidos, e esperamos que ela irá fazê-lo", resume CounterPunch.