Quem pagar o valor astronômico do assento, que tradicionalmente é ocupado por um membro da tripulação espacial russa, ajudará a baixar os custos orçamentais do programa espacial, segundo disse o chefe do conselho técnico-científico da Roscosmos, Yuri Koptev, em entrevista coletiva nesta terça-feira (24).
"Foi recomendado que se abordasse o problema de baixar a carga orçamentária e, possivelmente, até mesmo vender uma expedição de longo prazo, em vez de curto, a um turista espacial, à custa de cortar a presença da Rússia", disse Koptev. Ele não descartou que a recomendação pode se transformar em uma instrução oficial para a corporação de foguetes espaciais RKK Energia.
"A Rússia tem que manter um cosmonauta russo a bordo, no mínimo, enquanto a quota prevê três cosmonautas russos presentes a bordo da EEI. Por enquanto, não há voluntários para comprar tal voo espacial", disse Koptev, alegando que "a razão mais provável” é o alto custo da viagem.
Para se ter uma ideia, o primeiro turista desembarcou na estação orbital em 2001. O nova-iorquino Dennis Tito pagou US$ 20 milhões pela excursão e teve apenas 8 dias de experiência no espaço, período em que deu mais de 120 voltas ao redor da Terra.