Oficiais militares iemenitas informaram que os bombardeios começaram durante a noite, estendendo-se até as primeiras horas desta terça-feira, e tiveram como alvo os rebeldes da capital, Sanaa. Os ataques atingiram posições e campos dos houthis, assim como depósitos de armas controlados pelos rebeldes, disseram os oficiais.
O Irã enviou um carregamento de ajuda humanitária para o Iêmen, informou a agência oficial de notícias Irna. Trata-se da primeira ajuda desse tipo enviada por Teerã – que seria aliada dos houthis – desde o início das ações militares lideradas pela Arábia Saudita, na quinta-feira (26). São 19 toneladas de medicamentos e suprimentos médicos e duas toneladas de sangue fornecidos pelo Crescente Vermelho iraniano, diz a Irna.
O conflito no Iêmen é um novo capítulo na intensificação da luta por influência na região entre Arábia Saudita e Irã. Líderes árabes revelaram planos de se unir à intervenção militar no Iêmen durante uma conferência realizada no domingo (29), no Egito, o que pode elevar ainda mais as tensões.
Críticos dos houthis dizem que eles são representantes do Irã, acusação negada pelos rebeldes e por Teerã. A coalizão anunciou na segunda-feira (30) que impôs um bloqueio naval ao Iêmen, dias depois de assumir o controle do espaço aéreo do país, para evitar que armas e combatentes entrem ou saiam do território iemenita.
Nesta terça-feira, navios da coalizão bombardearam o aeroporto de Áden e posições houthi na periferia leste da cidade, segundo oficiais de segurança iemenitas. Não foi revelado a que países da coalizão pertencem os navios envolvidos na ação.
Estadão Conteúdo