Arábia Saudita volta a atacar xiitas no Iêmen

© REUTERS / Nabeel QuaitiBombardeio ao Iêmen.
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Aviões da coalizão liderada pela Arábia Saudita atacaram rebeldes xiitas do Iêmen pelo sexto dia seguido nesta terça-feira (31), destruindo mísseis e depósitos de armas. Pela primeira vez navios de guerra foram usados para bombardear o aeroporto, mantido pelos rebeldes, na periferia leste da cidade portuária de Áden.

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A campanha de ataques aéreos que reúne Estados árabes sunitas, iniciada na semana passada, tem como objetivo conter o avanço dos rebeldes, conhecidos como houthis. O grupo tomou o controle do país e fez com que o presidente fugisse para o exterior.

Oficiais militares iemenitas informaram que os bombardeios começaram durante a noite, estendendo-se até as primeiras horas desta terça-feira, e tiveram como alvo os rebeldes da capital, Sanaa. Os ataques atingiram posições e campos dos houthis, assim como depósitos de armas controlados pelos rebeldes, disseram os oficiais.

O Irã enviou um carregamento de ajuda humanitária para o Iêmen, informou a agência oficial de notícias Irna. Trata-se da primeira ajuda desse tipo enviada por Teerã – que seria aliada dos houthis – desde o início das ações militares lideradas pela Arábia Saudita, na quinta-feira (26). São 19 toneladas de medicamentos e suprimentos médicos e duas toneladas de sangue fornecidos pelo Crescente Vermelho iraniano, diz a Irna.

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A agência relatou que a carga foi entregue por ar na manhã desta terça-feira, mas não disse em que local. A coalizão bombardeou uma série de aeroportos mantidos pelos rebeldes e anunciou que tem o controle total sobre o espaço aéreo iemenita. 

O conflito no Iêmen é um novo capítulo na intensificação da luta por influência na região entre Arábia Saudita e Irã. Líderes árabes revelaram planos de se unir à intervenção militar no Iêmen durante uma conferência realizada no domingo (29), no Egito, o que pode elevar ainda mais as tensões. 

Críticos dos houthis dizem que eles são representantes do Irã, acusação negada pelos rebeldes e por Teerã. A coalizão anunciou na segunda-feira (30) que impôs um bloqueio naval ao Iêmen, dias depois de assumir o controle do espaço aéreo do país, para evitar que armas e combatentes entrem ou saiam do território iemenita.

Nesta terça-feira, navios da coalizão bombardearam o aeroporto de Áden e posições houthi na periferia leste da cidade, segundo oficiais de segurança iemenitas. Não foi revelado a que países da coalizão pertencem os navios envolvidos na ação.

 

Estadão Conteúdo

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