“A ideia de condicionar o fato do Irã não obter armas atômicas ao reconhecimento do Estado de Israel seria o mesmo que dizer: não assinaremos acordos com Irã até a alteração das bases fundamentais do regime iraniano”, disse Obama em entrevista à National Public Radio (NPR).
“Seria um erro fundamental de avaliação”, completou o presidente.
Segundo ele, os EUA se posicionam contra armas atômicas no Irã justamente por não ter certeza de que a “natureza do regime (iraniano) mudará”.
“Se Irã se transformasse repentinamente em Alemanha, Suécia ou França, a conversa sobre a sua infraestrutura nuclear seria completamente diferente”, pontuou Obama.
O acordo prévio alcançado após as negociações entre o Irã e o “sexteto” na Suíça em 2 de abril limita consideravelmente o programa nuclear iraniano. Dois terços das instalações iranianas paralisarão os trabalhos nos próximos dez anos. Além disso, Irã se compromete a submeter todos os seus programas de enriquecimento de urânio ao controle internacional por próximos 25 anos.
O “sexteto” e Irã pretendem concluir o documento final do acordo sobre o programa nuclear iraniano até o dia 30 de junho. A União Europeia, em troca, revogará as sanções contra Irã, assim como os EUA, a medida da implementação do acordo.