"Eu não vejo isso como uma corrida", disse Gortney ao ser questionado se a abertura do Ártico criaria uma corrida entre as duas potências. Segundo ele, apesar das mudanças naquela zona, o Ártico continua sendo um lugar inóspito para os militares, e as operações na região são muito mais caras e consomem muito mais tempo.
"Hoje, se quisermos chegar lá, não temos a capacidade de navegar com confiança, de nos comunicar e de nos sustentar".
No entanto, o comandante americano admitiu que a região ártica possui uma importância estratégica para os EUA, pelo fato de ser mais fácil distribuir certos meios militares a partir do Alasca do que a partir de outras localidades do território norte-americano.
Mais cedo, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou que, pela primeira vez, paraquedistas das Forças Armadas do país conseguiram aterrissar sobre um bloco de gelo em movimento no Oceano Ártico, onde instalaram equipamentos para acampamento e dispositivos de comunicação.
Apesar do aumento da presença militar russa no Ártico, o presidente Vladimir Putin defende que o objetivo do Kremlin não é militarizar a região, mas apenas tomar as medidas necessárias para garantir a segurança no extremo norte da Rússia.