“Falamos sobre o Iraque, a Síria, a Palestina… Tivemos uma longa discussão sobre o Iêmen. Pensamos ambos que a guerra e o derramamento de sangue devem ser imediatamente parados, deve ser estabelecido um cessar-fogo e os golpes aéreos devem acabar [no Iêmen]”, disse o presidente iraniano.
Desde o dia 26 de março a Força Aérea da Arábia Saudita e dos seus aliados realiza golpes aéreos contra posições do grupo radical xiita houthi, que tomou o controle sobre a maior parte do Iêmen. Deve-se sublinhar que a Turquia apoia os bombardeios e que, segundo a opinião corrente, o Irã apoia os rebeldes houthis.
O Asr Iran, alegando uma fonte não identificada, indica que o mecanismo do plano inclui o seguinte: o Irã força os houthis a iniciar o diálogo com os sauditas, depois disso os houthis devem parar as hostilidades contra o governo oficial de Abd Rabbuh Mansur Hadi, reconhecem-no, abandonam as armas e deixam a capital iemenita Sanaa e a cidade portuária de Aden. Em resposta, a Arábia Saudita para os bombardeios e inicia um diálogo com os houthis sobre o futuro politico do Iêmen.
A Sputnik Persian conseguiu obter um comentário de Shuaib Bahman, um cientista politico iraniano e autor de livro “Geopolítica Xiita” sobre as perspectivas da cooperação da Turquia e do Irã na resolução da crise iemenita.
“Sempre existe uma chance de que os lados opostos comessem a negociar. Mesmo que estejam em estado de guerra. Felizmente o Irã e a Arábia Saudita não são adversários diretos, mas sim geopolíticos e cada lado tem seus próprios interesses na região. Isto resulta em … sua participação de diversos focos regionais de tensão. Porém, estes conflitos não podem ser resolvidos por meio de guerra, é preciso negociar. Mas é óbvio que Teerã estará ponto a um diálogo com Riad somente após o fim de hostilidades desencadeadas pela Arábia Saudita", frisou.