O ícone foi roubado pelo oficial nazista Friedrich-Wilhelm Müller no monastério de Esparta e levado para a Alemanha, segundo explicou o funcionário do Kremlin, acrescentando que o ladrão foi posteriormente preso por soldados do Exército Vermelho da URSS e entregue às autoridades gregas da época, que, por sua vez, ordenaram a execução do criminoso em 1947.
Ainda segundo Peskov, o ícone foi comprado dos descendentes do oficial alemão por filantropos russos com objetivo de eventualmente devolvê-lo para seus legítimos donos.
Tsipras está em seu segundo e último dia de visita oficial a Moscou, onde se reuniu com o presidente russo na quarta-feira (8). Hoje, o premiê grego tem reuniões marcadas com o chefe de governo Dmitry Medvedev, com o presidente do Parlamento russo, Sergei Naryshkin, e com o Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Kirill.
Müller, o oficial nazista que roubou o ícone do monastério grego durante a guerra, ganhou o apelido de “Açougueiro de Creta”. Ele ordenou os chamados massacres de Viannos, quando, no início de setembro de 1943, as tropas alemãs mataram cerca de 500 habitantes de quase vinte vilarejos locais, em retaliação pelo apoio dos gregos às guerrilhas de resistência à ocupação nazista.