Irã se empolga com a suspensão do embargo russo à venda de sistemas antiaéreos S-300

© AP Photo / Ebrahim NorooziPresidente do Irã, Hassan Rouhani
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Figuras públicas iranianas expressaram grande entusiasmo e esperança de melhores relações com a Rússia após a proibição da venda de sistemas de defesa antiaérea S-300 ter sido suspensa por decreto presidencial nesta segunda-feira (13).

"Agora os americanos e seus aliados não serão capazes de abalar o equilíbrio da região e ditar as suas condições a partir de uma posição de força", disse o legislador iraniano Hossein Sheikholeslam, assessor do presidente do comitê de relações exteriores iraniano, em entrevista à Sputnik.

Segundo ele, a decisão de permitir o fornecimento dos S-300 significa que se pode confiar na Rússia. Até agora, o embargo à venda dos sistemas antiaéreos era um "espinho profundo" nas relações com Moscou, de acordo com o legislador iraniano.

O diretor da agência de notícias Mehr, Hassan Hanizadeh, também disse à Sputnik que a mudança foi recebida com grande entusiasmo no país.

"O decreto de Vladimir Putin foi recebido com grande entusiasmo no Irã. Este passo demonstra a independência da Federação Russa na tomada de decisões políticas e mostra a fidelidade de Moscou nos compromissos que [o país] assume, mostrando ser um parceiro de confiança."

Hanizadeh acredita que o levantamento do embargo está ligado ao acordo nuclear iraniano alcançado recentemente em Lausanne, na Suíça.

"Parece que agora podemos falar de uma nova página na cooperação de defesa russo-iraniana. Esta cooperação deve beneficiar a região do Oriente Médio, onde a estabilidade tem sido gravemente abalada", disse ele.

Sistema de mísseis S-300 - Sputnik Brasil
Rússia revoga suspensão de venda de S-300 ao Irã
Tanto a Rússia quanto o Irã evitam adotar uma política externa agressiva e são favoráveis à paz na região – objetivo que, segundo Hanizadeh, será confirmado com o cumprimento dos contratos de fornecimento dos S-300.

O contrato para a exportação dos sistemas russos de defesa antiaérea foi originalmente assinado em 2007, mas em 2010 o então presidente Dmitry Medvedev suspendeu o acordo, cumprindo assim as sanções do Conselho de Segurança da ONU contra o Irã, impostas em meio às preocupações internacionais com o programa nuclear desenvolvido pela república islâmica.


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