Putin revela aventura na sauna russa com ex-chanceler da Alemanha

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O presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje (16) que adora frequentar a banya, a tradicional sauna russa, mas que não convida mais seus colegas estrangeiros depois de um incidente ocorrido há alguns anos com o ex-chanceler alemão Gerhard Schroeder.

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A história veio à tona durante a maratona de quatro horas de perguntas respondidas ao vivo pelo líder russo nesta quinta-feira, no programa conhecido como Linha Direta com Vladimir Putin. Uma das questões era se o chefe de Estado já havia convidado suas visitas oficiais estrangeiras para uma sessão na banya, onde as discussões políticas poderiam ser "mais interessantes, ao invés das maçantes conversas de mesa-redonda".

Em resposta, Putin disse que, de fato, há muitos anos fez tal convite ao ex-chanceler alemão Gerhard Schroeder. Porém, na ocasião, a banya pegou fogo e acabou sendo completamente consumida pelas chamas, o que inibiu o presidente de fazer novas propostas do tipo a seus colegas estrangeiros.

"Muitos anos atrás, estávamos em minha residência, decidimos ir para a banya e ela pegou fogo", disse ele. "Só depois que ele [Schroeder] serviu-se de cerveja, eu me aproximei e disse 'Gerhard, precisamos sair daqui, há um incêndio'. Ele me diz em resposta: 'Só espera eu terminar a minha cerveja e então nós podemos ir’. Eu disse a ele – ‘Você está louco?’", contou o presidente russo.

Putin disse ainda que Schroeder realmente terminou sua cerveja antes de sair da banya em chamas.

"Ele [Schroeder] é um cara durão, com atitude", disse o chefe de Estado, acrescentando que a sauna eventualmente queimou até virar cinzas e que, desde então, eles nunca mais foram lá. "Mas, no geral, eu adoro banya e vou lá frequentemente", concluiu.

A banya é uma típica casa de banho de vapor, onde muitas vezes as temperaturas excedem 93 graus Celsius. De acordo com a jornalista russa radicada no Brasil Sasha Yakovleva, “inicialmente, a sauna foi um ritual de limpeza: banho da noiva e do noivo antes do casamento, das parturientes e dos recém-nascidos”. 

“Com a ajuda da banya as pessoas também ‘tiravam’ as ‘forças do mal’ de doentes mentais. Usando ervas e o vapor da sauna, os curandeiros ajudavam a amenizar o sofrimento de pessoas debilitadas. Os jovens (principalmente as mulheres) faziam várias simpatias para atrair o amor ou descobrir sobre o seu futuro dentro da banya, pois era considerado um lugar sagrado, utilizado somente para os rituais”, conta ela no blog “Tudo Sobre a Rússia”.

Segundo a cronista, uma fala popular no país diz que “todos são iguais dentro da banya”.

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“A banya moderna quase não mudou comparando com os tempos antigos. Primeiro você se aquece em cada prateleira e, em seguida, os seus companheiros de banya te chicoteiam com uma vassoura bem quente e, depois desse processo, você se lava com o sabonete e uma esponja. A tradição diz que antigamente (mas até hoje em dia isso se mantém) as pessoas lavavam o cabelo com caldos de pães e ervas. Segundo o ritual, depois de uma banya quente deve-se dar um pulo em um lago gelado, ou, nos dias modernos, em uma piscina, ou espalhar neve por todo o corpo”, explica Yakovleva.

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