A diretoria da fundação informou na última quarta-feira, 16, que as doações diretas para a Clinton Foundation só serão permitidas a um número restrito de países. Governos da Austrália, Canadá, Alemanha, Holanda, Noruega e Reino Unido poderão continuar realizando doações. No entanto, outros governos poderão participar da Iniciativa Global Clinton, um programa subsidiário que pede que doadores igualem as contribuições de outros para resolver os problemas internacionais, sem doações diretas para a caridade.
Com a oficialização da candidatura da ex-primeira dama e ex-secretária de Estado à presidência dos Estados Unidos, a Clinton Foundation volta a ser alvo de críticas e suspeitas sobre a ética da candidata democrata.
Algumas doações recebidas pela fundação em 2014, por exemplo, são provenientes de países que atingem níveis recordes de violações de direitos humanos, como a Arábia Saudita, Omã e os Emirados Árabes Unidos.
Outro fato que pode ser lembrado é que os poucos países permitidos a fazer doações à fundação (Austrália, Canadá, Alemanha, Holanda, Noruega e Reino Unido) são aliados dos EUA na aplicação de sanções contra a Rússia. Como disse o presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante a Linha Direta na última quarta-feira, 16, “os EUA parecem não querer parceiros, mas sim vassalos. A Rússia não se vê em um sistema de relações internacionais deste cunho”, frisou.