O chanceler russo opina que os Acordos de Minsk são o único compromisso que pode realmente conservar a integridade territorial da Ucrânia, desejada pela Rússia.
"Nós queremos que na Ucrânia haja tranquilidade, para isso é preciso que a Ucrânia seja um Estado unido", disse Lavrov
Porém, segundo o chanceler russo, participação dos EUA será essencial na etapa de implementação dos Acordos de Minsk porque os Estados Unidos podem exercer influência sobre Kiev que, opina Lavrov, não respeita os Acordos de Minsk.
“Se os EUA, como todo o resto do mundo, apoia a implementação completa dos Acordos de Minsk, eles têm uma enorme alavanca de influência sobre o lado que não os respeita, nomeadamente, sobre o governo ucraniano”, frisou.
Ao mesmo tempo, há sinais de que os EUA podem sabotar a implementação dos Acordos de Minsk. A Sputnik já destacou que os treinamentos conjuntos realizados pelos EUA e Ucrânia na região de Lvov contradizem a letra dos Acordos de Minsk que não preveem a presença de tropas estrangeiras no território ucraniano.
“… Aqui chegaram divisões completas que aprenderão a agir como um organismo único. São três batalhões completos de Lvov, Uman, Zaporozhzhe que seguirão à zona da operação especial nesta mesma composição”, escreve o jornal Kommersant alegando sua própria fonte no comando operativo ocidental do exército ucraniano.
Seguindo a linha de apelo à ausência de tropas estrangeiras na Ucrânia, Moscou não vê sentido na presença de forças de manutenção de paz da ONU na Ucrânia, manifestou Lavrov na sua entrevista.
O chanceler russo acrescentou que a Rússia não quer isto porque “parece que tudo o que Kiev propõe e faz é destinado intencionalmente a dividir o país e a destruir as Repúblicas Populares de Donetsk e de Lugansk ou jogá-las fora do Estado ucraniano.
Segundo Lavrov, uma prova dessas intenções são o bloqueio econômico de Donbass por parte da Ucrânia, a suspensão de pagamentos sociais aos habitantes da região e a falta de vontade de comunicar com as milícias por parte da Ucrânia.