A Rússia é um ator indispensável nos eventos da arena política internacional, e considerá-la como uma ameaça para a segurança global é um absurdo. A declaração é da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, nesta quinta-feira, 23, durante entrevista ao canal televisivo RT.
A presidente argentina afirmou que "hoje é preciso temer mais aqueles que tentam assustar sob apoio de outros". "É um absurdo considerar a Rússia como uma ameaça", disse.
De acordo com Kirchner, "ninguém em sã consciência pode acreditar que a região da América Latina pode representar uma ameaça para a primeira potência mundial no esfera militar, científica, e outras".
Ela também lembrou de como era moda falar sobre "o fim da história" depois da queda do Muro de Berlim. De acordo com a líder, "a história nunca termina, a história sempre vai estar mudando, e graças a Deus que eu muda, mudando com novos atores e novas realidades".
Além disso, Kirchner pediu o reconhecimento "mundo de novos jogadores, munto multipolar que já surgiu".
"Eu acho que a Rússia é um ator global de grande escala, um jogador bom e insubstituível, e eu não vejo porque não podemos ter relações com eles", ressaltou a presidente.
Kirchner afirmou que, justamente por isso, "hoje foi assinado com o presidente Putin uma declaração de apoio ao diálogo, política, diplomacia, multipolaridade e a ONU como únicas soluções possíveis para fazer uma interromper e resolver conflitos".
O Ministro das relações exteriores da Argentina, Hector Timerman, por sua vez, afirmou que "a Visita do Presidente da Argentina à Rússia demonstrou mais uma vez a seriedade do compromisso de Moscou e Buenos Aires para desenvolver as relações bilaterais". Segundo ele, os dois países têm posições semelhantes sobre uma variedade de questões. "Isso se aplica tanto à política interna e quanto à política externa <…> Rússia e Argentina está entrando em uma nova fase de cooperação", completou o chanceler.