"Nós chegamos ao Iêmen, os nossos homens estão ávidos do seu sangue, que deve vingar os sunitas e devolver-lhes a terra que eles outrora ocupavam", disse um dos militantes filmados. Os houthis, alvo principal dos ataques da coalizão, integrada, além dos sauditas, pelo Bahrein, Catar, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Egito, Jordânia, Marrocos, Paquistão e Sudão, são de tendência xiíta.
No entanto, os bombardeios no Iêmen não cessam. O nome da fase atual da ofensiva, liderada pela coalizão saudita, é "Restaurando a Esperança", mas a esperança nem se enxerga. A recente resolução da ONU silencia os ataques sauditas e insta os houthis a se subjugarem.
No final da semana passada, o representante permanente do Iêmen nas Nações Unidas, Khaled Alemani, exigiu ao Conselho de Segurança da ONU fazer com que o Irã termine a sua "interferência" nos assuntos internos do país.
O Irã tem reiteradamente proposto planos de regulação pacífica do confronto no Iêmen, através do estabelecimento do diálogo político.
No entanto, o ministro das Relações Exteriores iemenita, Riyadh Yaseen, rejeitou o pedido de pacificação proposto pelo ex-presidente, Ali Abdullah Saleh.
"Estes pedidos não são aceitáveis depois de toda a destruição que Ali Abdullah Saleh causou. Não há nenhum lugar para Saleh em nenhumas negociações políticas no futuro", disse o chanceler durante uma conferência em Londres.
Saleh foi o presidente do Iêmen de 1990 até 2012, quando o poder foi assumido pelo seu vice, Abed Rabbo Mansour Hadi. Em março de 2015, Hadi fugiu do país.
Também em março, a coalizão liderada pela Arábia Saudita começou a intervenção no país. O número de vítimas dos ataques já supera 1 mil pessoas.