A declaração foi citada pela agência noticiosa Reuters nesta quinta-feira (30).
A iniciativa foi divulgada pela primeira vez nos inícios de abril pelo vice-chanceler iraniano para assuntos da África e dos países árabes, Hossein Amir Abdollahian e foi chamada de "plano de Abdollahian".
Após disso a Organização das Nações Unidas declarou que apoia solução pacífica do conflito iemenita, mas nem a própria ONU, nem os EUA apoiaram o plano.
E menos de um mês depois, os EUA pedem ao Irã para ajudar alcançar o acordo político no Iêmen supondo que as autoridades iranianas têm certa influência sobre os rebeldes houthis.
"Indicamos aos iranianos que devem contribuir para uma solução e não ser uma parte do problema" enfatizou Obama durante uma entrevista na semana passada (22) e agora John Kerry mais uma vez repetiu o pedido.
Uma coalizão de países árabes lideradas pela Arábia Saudita e apoiada pelos EUA lançaram a operação Tempestade Decisiva (Decisive Storm) em finais de março e começaram a bombardear posições houthis no Iêmen. No dia 21 de abril a coalizão anunciou uma mudança da tática da sua intervenção no Iêmen. Dois dias depois começou a operação chamada Restaurando a Esperança.
O especialista politico, redator-chefe do jornal Iran Press, Emad Abshenass, comentou a situação à Sputnik Persian:
“O pedido dos EUA da ajuda no início do processo das negociações de paz por parte do Irã na realidade não é uma iniciativa nova. Este foi exatamente o plano do Irã para a resolução do crise no Iêmen. Muitos países exigiram o cessar-fogo e o começo das negociações, exceto a Arábia Saudita, e foi ela quem atacou o Iêmen."
"O Irã desde o início declarou estar pronto para prestar ajuda e começar as negociações. O pedido de John Kerry nesta conexão é um tipo da mensagem à Arábia Saudita, que esta é a ordem de Washington à Riad que o Irã pode e irá prestar ajuda porque está interessado na solução pacífica do conflito”, sublinhou o especialista.