Yatsenyuk: "Encerraremos o genocídio quando Putin se retirar"

© REUTERS / Philippe WojazerFrancois Hollande (D), presidente da França, dá as boas vindas a Arseny Yatsenyuk, primeiro ministro da Ucrânia
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Confrontado por um repórter quanto à sangrenta campanha de Kiev no leste da Ucrânia, o primeiro-ministro do país, Arseny Yatsenyuk, reconheceu indiretamente a responsabilidade de seu governo quando se recusou a responder a pergunta e culpou a Rússia, relata o portal de notícias francês AgoraVox.

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Ao falar com a imprensa após encontrar-se com oficiais do país nesta semana, Yatsenyuk foi questionado diretamente pelo repórter Frederic Saillot, do Eurasie Express: "Senhor Yatsenyuk, quando vocês vão dar fim ao genocídio em Donbass?"

Yatsenyuk não negou que a política de Kiev era genocida. Em vez disso, respondeu que o genocídio iria parar "quando Putin recuar e implementar os Acordos de Minsk e parar de violar a lei internacional. E quando justiça for feita com a Rússia."

Retrucado pelo jornalista, que apontou a morte de seis a dez mil pessoas no conflito e perguntou "Vocês vão continuar?", Yatsenyuk culpou o presidente russo, Vladimir Putin, observando que "isto é horrível. O Presidente Putin, por causa de sua política nacionalista de extrema direita, matou ucranianos inocentes, anexou ilegalmente a Crimeia e invadiu Donetsk e Lugansk."

O repórter insistiu e rebateu: "Vocês mataram ucranianos inocentes!" O primeiro-ministro, então, deu as costas e passou a responder perguntas de outros jornalistas.


Em sua visita a Paris, Yatsenyuk também disse ao jornal Le Monde estar convencido de que a Ucrânia está perto de uma guerra nuclear com a Rússia, afirmando também que seu país adotou heroicamente o papel de "colete à prova de balas da Europa." No mês passado, o primeiro-ministro declarou esperar que o ucraniano se tornasse um dos idiomas oficiais da União Europeia. Yatsenyuk disse ainda que inglês e francês passariam em breve a ser línguas oficiais do governo ucraniano.

 

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