Segundo o ministro dos Recursos Naturais da Rússia, Sergei Donskoi, o pedido será enviado às Nações Unidas durante o ano em curso.
"Apresentaremos o pedido ainda neste ano. Esta ação é bem justificada, já que o pedido levará, naturalmente, vários anos em ser examinado", afirmou Donskoi durante uma coletiva de imprensa em Moscou nesta quinta-feira (21).
O pedido russo inclui a cordilheira de Lomonosov, assim como também a bacia dos Mergulhadores (Podvodnikov) e a dorsal de Mendeleev.
Parte da cordilheira de Gakkel também foi acrescentada ao pedido.
O território total abrangido pelo pedido é de 1,2 milhão de quilômetros quadrados.
Críticas ocidentais
O pedido russo data de 2001. A ONU pediu a Rússia para apresentar dados científicos que provassem que os territórios reclamados faziam realmente parte da plataforma continental da Eurásia. A Rússia cumpriu esta exigência em 2007.
O Ocidente costuma criticar a ambição ártica russa. Os EUA e o Canadá têm acusado o país de militarizar a região polar. No entanto, a parte russa frisa que trata-se principalmente de estudos científicos e exploração, sempre em estrita observância das normas de proteção ambiental.
Em dezembro de 2014, a Dinamarca e a Gronelândia (território autônomo da própria Dinamarca) enviaram o pedido de acrescentar quase 900 quilômetros quadrados da plataforma continental.
Mais cedo nesta quinta, a empresa Vertolioty Rossii (Helicópteros da Rússia) anunciou que irá participar do projeto de modernização da infraestrutura da parte russa do Ártico. O projeto prevê a criação de uma zona de estacionamento de helicópteros.
Serão diferentes helicópteros das marcas russas Mi e Ka, que suportam as temperaturas de até 50 graus negativos.