O brigadeiro general Jan Ove Rygg, do Centro Nacional de Operações Aéreas (NAOC) da Real Força Aérea da Noruega (RNoAF na sigla em inglês), é o responsável pelos treinos deste ano, que decorrerão até 2 de junho. Este exercício multinacional é o segundo deste tipo realizado pelos escandinavos desde 2013, com perspectiva de continuar a cada dois anos.
"O objetivo dos exercícios é treinar as unidades aéreas na cooperação conjunta para a realização de uma série de operações aéreas, na interação com parceiros de OTAN", disse o brigadeiro general Jan Ove Rygg.
O comandante dos exercícios também acrescentou que "o espaço aéreo transfronteiriço da Europa do Norte torna o ACE 2015 o único campo de treinamento para aumentar a operacionalidade entre todas as partes".
Entre os aviões participantes da ACE 2015 estarão os caças multimissão F-16, Dassault Mirage 2000 de produção de Lockheed Martin, o Eurofighter Typhoon, o caça sueco SAAB JAS 39 Gripen, o caça de combate supersônico Boeing F/A-18 Hornet e o avião de combate Panavia Tornado GR4.
Os aviões da OTAN de alerta precoce, aviões de controle, aviões tipo AWACS, aviões multimissão e outros vão assumir papéis de apoio.
O teatro de operações será dividido entre as bases aéreas de Bodo (Noruega), Rovaniemi (Finlândia) e Kallas (Suécia).
Todas as três bases estão muito perto do Círculo Polar Ártico, uma região de alto interesse para a Rússia, os Estados Unidos, Canadá, Dinamarca e Noruega.
A Rússia tem várias vezes apelado à comunidade mundial contra a militarização do Ártico, lembrando que este território deve servir para objetivos pacíficos. No entanto, foi a Rússia quem se tornou o alvo das acusações por parte dos EUA e do Canadá, membros do Conselho Ártico, de "militarização" da região enquanto são os países nórdicos que realizam exercícios militares na área.