Porém, o vice-premiê russo negou estas declarações, frisando que “a Rússia nunca desistiu oficialmente dos navios, a visita dos representantes franceses não está prevista por Moscou e o senhor Bochkaryov nunca participou das negociações sobre os navios Mistral”.
Além disso, Rogozin anunciou planos de estabelecer regras de comunicação entre os seus subordinados e a imprensa.
A situação foi também comentada pelo porta-voz do presidente russo Dmitry Peskov:
“Quanto aos navios Mistral, não tenho nada a acrescentar ao que já disse”,
Anteriormente Peskov tinha declarado que, no caso dos Mistral, Moscou segue o princípio “mercadoria ou dinheiro” que foi ajustado durante o encontro do presidente russo Vladimir Putin com o seu homólogo francês François Hollande em Yerevan em 27 de abril. "Nós queremos ou dinheiro ou os navios. Pelo menos os dois lados têm uma posição semelhante sobre isso", comentou.
Moscou e Paris assinaram um acordo de US$ 1,3 bilhões para dois porta-helicópteros da classe Mistral em 2011. A entrega do primeiro navio à Rússia estava prevista para novembro de 2014, mas nunca aconteceu. O presidente francês, François Hollande, colocou a entrega em espera devido a alegada interferência russa na crise ucraniana. O Kremlin negou veementemente as acusações e exortou Paris a cumprir as suas obrigações contratuais.
O primeiro navio de desembarque, Vladivostok, devia ter sido entregue pela França em 14 novembro de 2014. Já o segundo navio deveria ser entregue até o final de 2015.