Na quarta-feira, o presidente do Partido dos Verdadeiros Finlandeses, Timo Soini, foi nomeado para o cargo de ministro das Relações Exteriores.
A mídia reservava a pasta do Exterior para o ex-premiê, Alexander Stubb, líder do partido Coalizão Nacional. Supunha-se que Soini iria cuidar das Finanças.
Mas o novo primeiro-ministro da Finlândia, Juha Sipilaa, comentou, durante a entrevista coletiva do governo na quarta-feira, que a distribuição atual das pastas corresponde aos interesses dos líderes dos partidos. As Relações Exteriores "é algo que Soini realmente tem vontade de fazer", disse o premiê.
Observadores locais divergem nas suas opiniões: há quem diga que Timo Soini fugiu de um cargo "mais duro" (o das Finanças, setor que enfrenta austeridade), e há quem diga que a Finlândia terá um bom futuro, graças ao "caráter tranquilo" do novo chanceler.
De verdade, o discurso de Soini na coletiva não revelou nenhuma mudança drástica na política externa do país. Ele não postula a saída imediata da União Europeia, mas quer uma reforma que "motive" a Finlândia a continuar participando.
O novo ministro destacou também a necessidade de construir e manter boas relações com a Rússia, país que qualificou de "vizinho importante".
Além disso, Soini comentou que o país iria continuar mantendo relações com a OTAN e a cooperação militar com os países do Norte da Europa.
Além de Timo Soini, um outro membro do seu partido tornou-se membro do governo. É Jussi Niinisto, que será o novo ministro da Defesa.
O Gabinete finlandês está se tornando mais eurocético. Na sexta-feira, haverá outra discussão no governo sobre os pormenores do trabalho dos novos ministros. Então, será possível compreender o rumo da política externa e interna da Finlândia.