A operação militar foi chamada “Para ti, Iraque!”. Quando o início da operação foi comunicado ao público, dezenas de milhares de voluntários manifestaram vontade de lutar contra o Estado islâmico com armas nas mãos. Não há números oficiais, mas segundo algumas fontes, o número total de voluntários pode chegar a 80 mil pessoas.
Ontem, no dia 27 de maio, o exército e as milícias populares concentraram suas forças perto de Ramadi e num dia só conseguiram liberar 65 quilômetros quadrados da área suburbana. O bloqueio da cidade começou pelo sul e pelo oeste. Os militantes do EI recuaram até à parte norte da cidade.
Nesta quinta-feira (28) o exército informou ter morto 37 militantes e destruído quatro veículos armados. Mas o mais importante é que as forças iraquianas conseguiram fechar todas as vias de fornecimento militar do contingente do Estado islâmico em Ramadi.
Vale sublinhar que os esforços do exército e do povo iraquiano acontecem no meio das críticas e indecisão por parte da coalizão internacional anti-EI liderada pelos Estados Unidos. Lembremos que o secretário da Defesa dos EUA, Ashton Carter, afirmou nesta semana que o exército iraquiano abandonou a cidade de Ramadi na semana passada por falta de vontade de lutar contra o Estado Islâmico (EI).
“Quanto aos EUA, eles estão realizando uma ‘guerra midiática’. Eles não têm presença de verdade. Não há nenhuma evidência de atividade das forças da coalizão liderada pelos EUA. Pelo contrário, a operação militar depende completamente da Força Aérea iraquiana em Anbar. É uma guerra iraquiana agora”, opina o chefe do Centro de Informação da “Mobilização Popular” Thu al-Faqar al-Baldawi
Há uma razão pela inação dos "aliados" ocidentais — enquanto o presidente dos EUA Barack Obama questiona a eficácia do apoio ocidental ao Iraque na luta contra o Estado Islâmico, muito provavelmente o problema do EI acabará por ser herdado pelo sucessor de Obama na Casa Branca, confessou a sua administração.