Na noite de sexta-feira, dois homens tentavam tirar o carro de uma estrada onde o nível da água subia rapidamente. Dois policiais ajudaram os homens a sair da estrada.
Após os sinistrados terem sido levados para um lugar seguro, um dos homens resgatados atacou o policial e acabou por ser morto a tiro. Os detalhes do incidente ainda não estão claros.
Este acontecimento, que é um dos muitos exemplos da violência policial nos EUA, se deu na véspera da publicação em 31 de maio pelo jornal Washington Post de um relatório sobre o número de vítimas mortais da polícia.
Segundo o Washington Post, cerca de metade das vítimas era da raça branca e o restante pertencia a minorias. Mas o quadro torna-se muito diferente quando falamos sobre as vítimas mortais desarmadas, dois terços das quais eram de raça negra ou hispânica.
As pessoas mortas tinham entre 16 e 83 anos de idade, oito delas eram crianças e adolescentes, por exemplo, Jessie Hernandez, 17, baleada três vezes por policiais na cidade de Denver quando ela no seu carro com amigos alegadamente tentava atropelar agentes da polícia.
Quase um quarto das vítimas, 92 pessoas, foi classificado pela polícia ou membros da família como doentes mentais.
De acordo com a análise do jornal norte-americano, diariamente morrem 2-3 pessoas. Se a estatística não mudar, cerca de 1.000 pessoas vão morrer até o final do ano.
“Temos de olhar para além dos aspectos legais e começar a prevenir mais. A maioria dos casos poderia ter sido evitada”, disse Ronald L. Davis, ex-chefe da polícia que encabeça o Escritório dos Serviços de Policiamento Orientado para a Comunidade.
O número de assassinatos é muito subestimado, declarou Jim Bueermann, ex-chefe da polícia e presidente do Fundo Policial em Washington, a organização não governamental que tenta melhorar a legislação. “Nunca reduziremos o número de assassinatos pela polícia se não começarmos uma rigorosa coleta de dados.”