Policial nos Estados Unidos mata homem após tê-lo salvo de inundação

© REUTERS / Mike StoneUm policial está perto do veículo dos suspeitos após um tiroteio perto da exibição de caricaturas do profeta Maomé e concurso organizado pela Iniciativa de Defesa da Liberdade Americana em Garland, Texas.
Um policial está perto do veículo dos suspeitos após um tiroteio perto da exibição de caricaturas do profeta Maomé e concurso organizado pela Iniciativa de Defesa da Liberdade Americana em Garland, Texas. - Sputnik Brasil
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Um policial do estado norte-americano de Oklahoma matou um homem após tê-lo ajudado a escapar de uma inundação, relata a agência Associated Press.

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De acordo com a mídia, o acidente aconteceu no distrito de Okmalgi. Nas regiões de Oklahoma e Texas chove há várias semanas, o que causou inundações e, pelo menos, 28 vítimas mortais. 

Na noite de sexta-feira, dois homens tentavam tirar o carro de uma estrada onde o nível da água subia rapidamente. Dois policiais ajudaram os homens a sair da estrada.

Após os sinistrados terem sido levados para um lugar seguro, um dos homens resgatados atacou o policial e acabou por ser morto a tiro. Os detalhes do incidente ainda não estão claros.

Este acontecimento, que é um dos muitos exemplos da violência policial nos EUA, se deu na véspera da publicação em 31 de maio pelo jornal Washington Post de um relatório sobre o número de vítimas mortais da polícia.

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Segundo o documento, em média diariamente morrem duas pessoas em resultado de ações policiais. De acordo com o jornal, os policiais estadunidenses mataram 385 pessoas nos primeiros cinco meses de 2015. Os dados foram obtidos a partir de entrevistas, relatórios policiais, relatos da imprensa local e outras fontes. A maioria das vítimas (80%) estava armada com armas de fogo, facas, facões e outros objetos potencialmente letais. Só em três dos 385 casos, os policiais foram acusados de assassinato.

Segundo o Washington Post, cerca de metade das vítimas era da raça branca e o restante pertencia a minorias. Mas o quadro torna-se muito diferente quando falamos sobre as vítimas mortais desarmadas, dois terços das quais eram de raça negra ou hispânica.

As pessoas mortas tinham entre 16 e 83 anos de idade, oito delas eram crianças e adolescentes, por exemplo, Jessie Hernandez, 17, baleada três vezes por policiais na cidade de Denver quando ela no seu carro com amigos alegadamente tentava atropelar agentes da polícia.

Quase um quarto das vítimas, 92 pessoas, foi classificado pela polícia ou membros da família como doentes mentais.

De acordo com a análise do jornal norte-americano, diariamente morrem 2-3 pessoas. Se a estatística não mudar, cerca de 1.000 pessoas vão morrer até o final do ano.

“Temos de olhar para além dos aspectos legais e começar a prevenir mais. A maioria dos casos poderia ter sido evitada”, disse Ronald L. Davis, ex-chefe da polícia que encabeça o Escritório dos Serviços de Policiamento Orientado para a Comunidade.

O número de assassinatos é muito subestimado, declarou Jim Bueermann, ex-chefe da polícia e presidente do Fundo Policial em Washington, a organização não governamental que tenta melhorar a legislação. “Nunca reduziremos o número de assassinatos pela polícia se não começarmos uma rigorosa coleta de dados.”

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