"A situação no Iraque não pode se estabilizar completamente sem uma transição política na Síria. O Estado Islâmico é móvel, atravessa fronteiras. E a situação na Síria impacta a eficiência da luta contra o EI… o presidente da Síria, Bashar Assad nunca terá a vontade ou a habilidade para lutar contra o Estado Islâmico", disse Fabius após uma conferência internacional sobre a luta contra o grupo terrorista.
Nesta semana, os participantes da coalizão liderada pelos EUA contra o EI realizaram um encontro em Paris para discutir formas de conter o avanço dos militantes.
Vastos territórios da Síria, país que enfrenta uma guerra civil desde 2011, estão atualmente sob o controle do EI. Os militantes capturaram partes do território nacional em 2012, e em 2014 expandiram-se para o Iraque. Várias células do grupo terrorista também operam na Líbia, no Iêmen e em outros territórios no Oriente Médio e no Norte da África.
Países como a Rússia acreditam que as ações e estratégias norte-americanas contra o EI ainda não produziram os resultados desejáveis por conta dos duplos padrões utilizados por Washington, que permitem aos terroristas agir de maneira mais organizada e "não hesitar em perpetrar os crimes mais hediondos na realização do seu objetivo, a criação de um califado transfronteiriço em um vasto território de Damasco a Bagdá", segundo havia afirmado anteriormente o ministro relações exteriores russo, Sergei Lavrov.