Na segunda-feira, em entrevista à Deutsche Welle, a presidenta já tinha abordado o assunto. Ela enfatizou que não considera “virar as costas” para a Venezuela, e citou o exemplo de Cuba. Ela disse que não é a favor de “interferências em países irmãos”. “Acho que muita gente gostaria que virássemos as costas para a Venezuela, como durante muito tempo foi feito com Cuba. Com Cuba, nós sempre nos recusamos. Nós somos um país eminentemente pacífico. Colocar a Venezuela como sendo uma ameaça aos Estados Unidos não é algo que contribua para maior democracia na Venezuela”, acrescentou.
Na entrevista, Dilma considerou um “ônus insignificante” as pressões que vem recebendo, de parte da sociedade, após o escândalo de corrupção na Petrobras, envolvendo PT, PMDB e PP. Dilma voltou a enfatizar que o Brasil investiga mais a corrupção do que em outros tempos, informou Agência Brasil.
“É óbvio que o Brasil precisa fazer uma reforma política. É óbvio. Nós do governo somos contra financiamento empresarial de campanha. A contribuição tem de ser de pessoa física, e não de pessoa jurídica. Infelizmente, não passou isso no Congresso”, concluiu a presidenta.