Segundo ele, a informação veio do pessoal médico e da polícia que acompanhou a operação das autoridades contra os militantes islamistas.
"Os dados sobre o número de vítimas mortais foram divulgados na noite de domingo, 10 de maio, um dia após o atentado. Foi dito que as autoridades eliminaram 14 terroristas, mas depois o número diminuiu milagrosamente para 10", se lembrou Nedelkovski.
“Segundo os documentos de identificação, três deles haviam chegado ao norte da Macedônia vindos da base de Bondsteel, no Kosovo.”
O jornalista declarou:
“A mídia que está sob o controle de Soros [empresário húngaro-americano – ed.] queria criar uma atmosfera de caos, eles escreveram que na manhã de sábado a polícia macedônia em Kumanovo matou uma menina e a sua mãe. Embora se tenha depois descoberto que era mentira, eles não desmentiram o fato nem pediram desculpas. Durante o dia de sábado os terroristas albaneses em Kumanovo começaram as negociações para se render, e no domingo, os seis embaixadores – da Alemanha, França, Itália, Inglaterra, EUA e UE – estavam insistindo para que as autoridades parassem a operação e deixassem os militantes retornar ao Kosovo. Mas as autoridades se recusaram a fazê-lo.”
Na segunda-feira, o chefe da missão da União Europeia e os embaixadores de países ocidentais exigiram abertamente que os nomes dos americanos e britânicos mortos não fossem publicados. A exigência foi também feita em várias reuniões entre o premiê macedônio, Nikola Gruevski, e representantes da comunidade mundial.
Segundo Nedelkovski, um número crescente de cidadãos da Macedônia acha que o Ocidente poderá estar envolvido num jogo "cobarde e hipócrita" com o seu país. Há alguns anos atrás 90% das pessoas apoiaram a entrada na UE e a OTAN, agora o número não supera os 50%.
O jornalista opina que na embaixada dos EUA em Skopje existe um "botão de ligar e desligar o fator albanês" que os EUA usam quando querem.
As tensões entre o governo da Macedônia e a diáspora albanesa continuam desde 2001, quando os rebeldes, que exigem mais direitos para a sua minoria, organizaram uma revolta contra o governo.
Durante um dos últimos protestos contra o governo na capital macedônia, Skopje, o líder do partido União Social Democrata da Macedônia (SDSM), Zoran Zaev, que organizou o protesto, prometeu continuar as manifestações até que o premiê Gruevski renuncie. Ele acrescentou que, caso Gruevski não saia do governo, a Macedônia teria uma guerra semelhante à da Ucrânia.