Extrema-direita ganha popularidade na Europa

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De acordo com uma pesquisa de opinião pública realizada pela ICM Research para o projeto Sputnik-Opinião, os cidadãos da Grã -Bretanha, França e Espanha indicam três razões para o aumento de popularidade do euroceticismo: o alto nível de imigração, as promessas que os governos não cumprem e a desilusão com a União Europeia.

Ao responder à questão "quais, em sua opinião, são as razões para o avanço dos partidos mais radicais, tais como o UKIP na Grã-Bretanha, a Frente Nacional na França e o Podemos (de esquerda) na Espanha", mais de metade dos entrevistados britânicos (53%) e quase um terço dos franceses (30%) afirmam que tal é devido ao aumento do descontentamento em relação à União Europeia.

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Apesar disso, 44% de franceses e espanhóis pensam que as razões são os problemas na economia.

A necessidade de realizar reformas sociais foi destacada por quase metade dos entrevistados na Espanha (49%); 55% sublinharam as promessas não cumpridas dos governos como a razão para o crescimento da oposição. De todos os entrevistados só 10% não sabiam o que responder e 11% escolheram outra resposta.

A pesquisa foi realizada de 1 a 4 de maio de 2015 com participação de 4.097 pessoas (2.005 na Grã Bretanha, 1.041 na França, 1.051 na Espanha) e mostrou que 47% dos entrevistados culpam a imigração pelo aumento da popularidade dos partidos de oposição, 46% — as promessas que o governo não cumpriu, e 38% — a desilusão com a União Europeia.

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Enquanto os eurocéticos ganham popularidade na Europa, a líder do partido francês Frente Nacional, Marine Le Pen, declarou em um comunicado nesta terça-feira (16) a criação de um novo grupo de extrema-direita no Parlamento Europeu — "Europa das Nações e das Liberdades", integrado por partidos da França, Holanda, Áustria, Itália e Bélgica. O novo grupo contará nomeadamente com participação do Partido pela Liberdade holandês (PVV), do Partido da Liberdade austríaco (FPÖ), da Liga Norte italiana e do Vlaams Belang belga flamengo, com os quais o partido de Le Pen já tem relações, assim como com representantes de outros partidos não citados no comunicado.

A Frente Nacional é um partido que apoia restrições à imigração, sendo contrário à integração europeia (não quer que os países sejam obrigados a seguir as leis decididas pela UE). Marine Le Pen já tem declarado o seu apoio à política externa da Rússia, inclusive no contexto da crise na Ucrânia.

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