Segundo a publicação, o chefe do Comando Central dos EUA, general Lloyd J. Austin, reuniu-se com o presidente da região do Curdistão iraquiano, Massoud Barzani, na cidade de Arbil (capital da autonomia), para discutir a possibilidade de estabelecer unidades de elite de operações especiais e equipes de operações secretas – as chamadas Black Ops – na região.
Teoricamente, as Black Ops são operações clandestinas realizadas no limiar da legalidade segundo as leis internacionais – como no caso de missões de resgate, por exemplo –, mas, geralmente, trata-se de operações explicitamente ilegais patrocinadas por um governo em outros países, não raro envolvendo sequestros ou assassinatos.
Em janeiro deste ano, o historiador e jornalista investigativo Nick Turse publicou em seu blog que só no ano fiscal de 2015 (iniciado no primeiro dia de outubro do ano passado), as tropas de elite dos EUA já haviam executado operações secretas em 105 países. Durante o ano fiscal de 2014, o número foi de 133 ou, aproximadamente, 70% das nações do planeta.
O Curdistão iraquiano está servindo atualmente como uma estação regional para equipes de operações especiais britânicas, israelenses e norte-americanas, além de abrigar grandes depósitos para equipamentos militares franceses. As frentes armadas curdas, conhecidas como peshmerga, têm sido cruciais na resistência local contra o grupo terrorista Estado Islâmico.