Kremlin: Rússia está preocupada com tentativas da OTAN de mudar correlação de forças

© Sputnik / Yevgenia Novozhenova / Acessar o banco de imagensVista do Kremlin de Moscou
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A Rússia não pode deixar de ficar preocupada com as ações da OTAN cujo objetivo é mudar a atual correlação estratégica de forças, disse nesta quarta-feira (17) o porta-voz do presidente russo Dmitry Peskov.

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OTAN reprova decisão russa de fortalecer sua capacidade nuclear
Ao mesmo tempo, Moscou não empreende passos na área militar que possam provocar preocupação de alguém na esfera de segurança.   

“O papel de contenção de armas nucleares não pode ser posto em causa por ninguém. O presidente ontem explicou de maneira bastante detalhada que não é a Rússia que se aproxima das fronteiras de alguém, mas sim a OTAN que se aproxima das fronteiras da Rússia. E tomam-se medidas que visam mudar a correlação estratégica de forças. Naturalmente, isto não pode deixar de provocar a preocupação da Rússia”, disse Peskov aos jornalistas. 

Ele acrescentou que “tudo isso obriga a Rússia a tomar medidas para garantir os seus interesses e a sua segurança, assim com a paridade”.

“Conclui-se das palavras do presidente que isto não contém ações que possam ou devam gerar preocupação de alguém”, disse Peskov. 

Ontem o presidente russo Vladimir Putin disse que o Kremlin se verá obrigado a orientar suas forças militares, inclusive os mais modernos meios de ataque, contra as regiões que são foco de ameaça porque são as forças da OTAN que se aproximam das fronteiras da Rússia, e não o contrário. 

Lembramos que anteriormente neste dia durante a abertura do fórum Army 2015 Putin anunciou o fortalecimento das forças de mísseis estratégicos da Rússia, que receberão este ano mais de 40 mísseis balísticos intercontinentais. 

O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse em resposta que a "retórica nuclear" da Rússia é perigosa e inadmissível.

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A OTAN está aumentando a sua presença militar perto das fronteiras russas na sequência da reunificação da Crimeia com a Rússia após o referendo em março de 2014. A Aliança acusou a Rússia de anexação ilegal da península e fornecimento de apoiou militar às milícias de Donbass, que neste momento estão em conflito com as autoridades oficiais da Ucrânia.

Moscou negou repetidamente as acusações da OTAN e manifestou preocupação com a expansão do bloco militar e o aumento da sua presença junto às fronteiras russas.

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