“O papel de contenção de armas nucleares não pode ser posto em causa por ninguém. O presidente ontem explicou de maneira bastante detalhada que não é a Rússia que se aproxima das fronteiras de alguém, mas sim a OTAN que se aproxima das fronteiras da Rússia. E tomam-se medidas que visam mudar a correlação estratégica de forças. Naturalmente, isto não pode deixar de provocar a preocupação da Rússia”, disse Peskov aos jornalistas.
Ele acrescentou que “tudo isso obriga a Rússia a tomar medidas para garantir os seus interesses e a sua segurança, assim com a paridade”.
“Conclui-se das palavras do presidente que isto não contém ações que possam ou devam gerar preocupação de alguém”, disse Peskov.
Ontem o presidente russo Vladimir Putin disse que o Kremlin se verá obrigado a orientar suas forças militares, inclusive os mais modernos meios de ataque, contra as regiões que são foco de ameaça porque são as forças da OTAN que se aproximam das fronteiras da Rússia, e não o contrário.
Lembramos que anteriormente neste dia durante a abertura do fórum Army 2015 Putin anunciou o fortalecimento das forças de mísseis estratégicos da Rússia, que receberão este ano mais de 40 mísseis balísticos intercontinentais.
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse em resposta que a "retórica nuclear" da Rússia é perigosa e inadmissível.
Moscou negou repetidamente as acusações da OTAN e manifestou preocupação com a expansão do bloco militar e o aumento da sua presença junto às fronteiras russas.