A declaração foi feita durante uma reunião com o enviado da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) para as negociações trilaterais sobre a crise ucraniana, Martin Sajdik.
"O lado russo reafirmou a sua prontidão para contribuir plenamente para a implementação do que foi acordado em Minsk. Foi sublinhado que a posição de Kiev sobre esses acordos não dá motivos para otimismo", afirma um comunicado do ministério russo das Relações Exteriores, citando Karasin.
No sábado (20), o chefe da administração do Kremlin, Sergei Ivanov, em entrevista no programa televisivo "Vesti v Subbotu" (Notícias de Sábado"), disse que a Rússia defende a preservação das fronteiras atuais da Ucrânia e insistiu na necessidade de aplicação dos acordos de Minsk por todas as partes do conflito ucraniano.
"[O presidente russo, Vladimir Putin,] disse que, se tivesse alguma dúvida em fevereiro nas negociações em Minsk, ele não iria colocar a sua assinatura. Mas ele assinou. Então, ele considera os acordos de Minsk a solução ideal para o conflito interno ucraniano. Enfatizo que o conflito é interno", disse Ivanov, respondendo a uma pergunta sobre onde, em sua opinião, deveria idealmente passar a fronteira ucraniana.
Em fevereiro deste ano, um acordo de paz foi assinado em Minsk, capital da Bielorrússia, entre os líderes da Rússia, da Ucrânia, da França e da Alemanha. O documento prevê uma série de exigências para a resolução da crise, incluindo um cessar-fogo global no leste da Ucrânia, a retirada das armas pesadas da linha de contato e uma reforma constitucional que estabeleça, até o final de 2015, uma nova Constituição cujo elemento-chave seja a descentralização do poder.