O diplomata afirmou que a crise ucraniana não era um problema difícil de resolver. “Nós deveríamos ter simplesmente transferido o controle de Sevastopol para a Rússia e garantir o estatuto da língua russa na Crimeia.” O ex-embaixador argumentou que a transferência oficial da cidade portuária, que abriga a Frota do Mar Negro da Rússia, deveria ter acontecido o mais tardar em 2042, quando o acordo de arrendamento da Rússia com Kiev para a base naval iria expirar.
“Esses projetos poderiam ter sido formulados no momento em que Moscou começou a manifestar as suas objeções à assinatura do Acordo de Associação entre a União Europeia e a Ucrânia”, observou Gliniasty.
Ele também colocou parte da culpa em Washington pelas repetidas violações de Kiev ao cessar-fogo em Donbass, notando que a Ucrânia está em perigo de se tornar um dos “playgrounds favoritos” da diplomacia norte-americana, que é destinada a bloquear a Rússia no espaço pós-soviético.
Quando perguntado por que a Europa deveria ter concordado em transferir Sevastopol para a Rússia e chamar Kiev a garantir o estatuto da língua russa na península da Crimeia, Gliniasty afirmou que a “Crimeia nunca pertenceu à Ucrânia, sempre foi russa”.