A denúncia sobre o dinheiro foi feita pelo ativista que usa o pseudônimo de Abu Ibrahim Raqqawi. Ele fundou o grupo “Raqqa is being slaughtered silently”, que se destina a revelar detalhes das atrocidades do Estado Islâmico. O jornalista Zaid Benjamin, da rádio Sawa, também publicou as fotos. Jihadistas disseram na Internet que as moedas já estão sendo produzidas. A autenticidade das imagens, porém, ainda carece de comprovação.
Duas unidades foram apresentadas, ambas com o nome do grupo em um dos lados. A primeira tem o valor de um dinar islâmico e mostra espigas de milho na outra face. A segunda, de cinco dinares islâmicos, tem um mapa mundi. O desejo do Estado Islâmico de produzir seu próprio dinheiro foi manifestado em novembro do ano passado.
O grupo jihadista domina territórios oficialmente do Iraque e da Síria, onde proclamou um califado no dia 29 de junho de 2014. O Estado Islâmico, cujo califa é Abu Bakr al-Baghdadi, reivindica a autoridade religiosa sobre todos os muçulmanos do mundo e já manifestou a intenção de tomar outras regiões de maioria islâmica, como na Jordânia, em Israel, na Palestina, em Chipre e na Turquia.
As atrocidades cometidas pelo grupo jihadista, como a execução cruel de não-muçulmanos e de homossexuais, têm sistematicamente causado horror em todo o mundo. Suas vítimas são mortas, por exemplo, por decapitação, fuzilamento, apedrejamento e afogamento ou jogadas do alto de prédios. O Estado Islâmico também chamou a atenção por destruir locais listados como Patrimônio Histórico da Humanidade no território que ocupa.